domingo, 30 de agosto de 2009

1º Pathoscópio - expondo conceitos de patologia



Estamos nos aproximando do segundo mês de aulas. Agora já estamos todos situados na disciplina de Patologia, e ajustados em nossas equipes de trabalho. Os blogs começam a ganhar corpo. Nossos estudos avançam. As sínteses ajudam na compreensão das aulas. Mas, a disciplina não ocorre apenas dentro da sala e no mundo virtual. Há um espaço extrassala, com um público, a ser alcançado. É hora de apresentar aos colegas que já realizaram a disciplina uma reflexão sobre os conceitos que estamos estudando. É hora de aproximar da patologia os estudantes que ainda estão nos primeiros períodos, para que possam ir se habituando com seu estudo. É hora de divulgar aos professores a nossa criatividade.

Vamos construir o nosso espaço de painéis através do 1º Pathoscópio - expondo conceitos de patologia. Nesta primeira edição, vamos levar o mundo da patologia para o cotidiano da cidade e vice-versa. Vamos observar o que nos cerca e identificar os conceitos de patologia implícitos.

Os modelos acima são as propostas de trabalho.

sábado, 29 de agosto de 2009

Outra forma de morte celular



A execução de morte celular após um estímulo externo pode apresentar uma grande variedade de padrões distintos. Dois dos mais estudados e fenotipicamente distinguíveis padrões são APOPTOSE e NECROSE, que são caracterizados por critérios morfológicos típicos.

Durante a apoptose, células apresentam bolhas membranosas, fragmentação do DNA nuclear, condensação da cromatina e exposição de fosfatidilserina, que resultam em rápida remoção da célula que está morrendo.

Em contraste, durante a necrose, que tipicamente ocorre após dano excessivo por injúria química ou física, as células apresentam vacuolização citoplasmática e inchaço do citoplasmas e das organelas concomintamente a perda da integridade das membranas.

Apesar de a apoptose ser considerada como a principal forma de MORTE CELULAR PROGRAMADA enquanto a necrose é frequentemente considerada uma morte PASSIVA e não REGULADA, está claro agora que existe um grande variedade de formas intermediárias entre estes dois extremos, inclusive formas de necrose programada.

Outros tipos de morte celular programada incluem a autofagia, na qual os componentes celulares são auto-reciclados e ocorre acúmulo de vesículas autofágicas. Adicionalmente, outras formas conhecidas são a paraptose e a autocismose, que são caracterizadas por critérios específicos.

Certamente, o fenótipo exato de uma célula morrer é dependente de muitos diferentes fatores inclusive tipo de célula, contexto celular e estímulo de morte específico. Mudanças características que diferem entre as diversas formas também incluem modificações da forma e arquitetura celular, tais como alterações no citoesqueleto.

Um potente inibidor de uma enzima importante (SAAH) é o adenosina dialdeído (AdOx). A influência de AdOx sobre o ciclo e sobrevivência celular foi estudada e verificou-se que AdOx causa mudanças na distribuição do ciclo celular e estimula a morte celular em diferentes tipos celulares. Curiosamente, enquanto em baixas concentrações, AdOx cause apoptose típica, em altas concentrações, leva a uma forma nova de morte celular independente de caspase.

Esta forma de morte é caracterizada por incompleta condensação nuclear e agregação de actina.
Morfologicamente, este tipo de morte é caracterizada por protuberância do núcleo e formação de extensões citoplasmáticas.


O TEXTO ACIMA é uma tradução livre da introdução do artigo original citado a seguir:

Oncogene (2005) 24, 7002–7011. doi:10.1038/sj.onc.1208855; published online 27 June 2005

Methyltransferase inhibition induces p53-dependent apoptosis and a novel form of cell death

Christian Schwerk and Klaus Schulze-Osthoff

AUTOCISMOSE?

Eu não conheço um termo em português para autoschizis. Na verdade, entrei em contato com o fenômeno a partir de uma postagem no blog PATOLOGIA EM DIA de meus caríssimos colegas da BIOMEDICINA Camila Almeida, Pedro Gustavo, Sabrina Rodrigues e Rodolpho Figueiredo. Agradeço a eles por me apresentarem o tema.

Vou chamar por enquanto de autocismose. Veja porque e o quê.

Autocismose

Cisma é uma separação de uma pessoa ou grupo de pessoas do seio de uma organização ou movimento geralmente religioso, mas por derivação de sentido, a palavra pode apricar-se a qualquer desacordo ou dissidência. O adepto de uma cisma é denominado cismático. O termo cisam vem do grego skhísma "separar, dividir", através do latim eclesiástico schisma. (1)

Em 1998, foi descrita inicialmente uma forma de morte celular que, morfologicamente, diferia da oncose e da apoptose, e foi cunhada como "autoschizis", que eu estou traduzindo como AUTOCISMOSE.

A autocismose resulta do tratamento de célula neoplásicas com vitaminas C e K e apresenta as seguintes alterações morfológicas.

As células apresentam danos às mitocôndrias, autoexcisão de pedaços livres de organelas do citoplasma e extrusão do pericário contendo núcleo cercado por organelas danificadas. O envelope nuclear parece estar intacto e contendo cromatina não-condensada e em dissipação. Durante o dano celular que resulta em aparente cariólise, as células diminuem significativamente em tamanho e sofrem alterações de forma. Contudo, as cisternas do retículo endoplasmático rugoso apresenta-se apenas dilatado. A análise por eletroforese e coloração de Feulgen revela degeneração aleatória do DNA (2).

Embora, anteriomente tivessem relatado que camundongos com câncer de próstata tratados com uma combinação de vitaminas C e K apresentaram morte de células neoplásicas por autocismose, caracterizada por alterações, induzidas por estresse oxidativo, no citoesqueleto, autoexcisão e progressivas alterações nucleares. As partes excisadas continham ribossomos, mas eram desprovidas de fragmentos nuclear e de outras organelas (3).

Vitaminas C e K3 exibiram atividade antitumoral sinergística e mataram preferenciamente células tumorais por autocismose, um novo tipo de necrose caracterizada por danos exagerados nas membranas e perda progressiva de citoplasma livre de organelas através de uma série de auto-excisão. Durante este processo, o núcleo torna-se menor, a célula diminui a metade ou um terço de suas dimensões originais e a maioria das organelas estão aglomeradas ao redor de um núcleo intacto dentro de um escasso citoplasma. Apesar de as mitocôndrias estarem condensadas, a morte das células tumorais não resulta de depleção de ATP. Contudo, o tratamento com vitaminas induz um bloqueio entre G1/S, diminui a síntese de DNA, aumenta a produção de H2O2 e diminui os níveis de tióis nas células. Estes efeitos podem ser evitados pela adição de catalase que decompõe o H2O2. Há um aumento de 8 a 10 vezes nos níveis intracelulares de Ca2+. Análise eletroforética do DNA revela degradação devido a reativação de desoxirribonucleases I e II de forma independente de caspase-3. Ao ciclo redox das vitaminas é atribuída um aumento do estresse oxidativo até ultrapassar a habilidade redutora dos tióis celulares e induzir liberação de Ca2+, que ativam DNase dependente de cálcio e induz a degradação de DNA. (4)

Ora, em uma postagem no blog RAPIDINHASPATOLOGICAS, eu já havia apresentado resultado interessantes sobre o que ocorre com as mitocôndrias na transição G1/S, formando uma rede mitocondrial. Acredito que há uma ligação entre estas duas linhas de pesquisa.

Células tumorais tratadas com DNase I sofrem declínio de viabilidade e morrem, apresentando alterações morfológicas que sugerem autocismose (5).

1. Wikipedia. A enciclopédia livre. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cisma acessado em 29 de agosto de 2009.

2. Gilloteaux et al. Anat Rec A Discov Mol Cell Evol Biol. 288 (1):58-83, 2006.

3. Jamison et al. Bioch Pharm. 63(10): 1773-83, 2002.

4. Gilloteaux et al. Ultrastruct Pathol. 29 (3-4): 221-35, 2005.

5. Alcazar-Leyva et al. Med Sci Monit. 15(2): CR51-55, 2009.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Colelitíase

Distribuição do cálcio no organismo


Homeostase do cálcio

Os delírios da direita norte-americana

Como conseguem ser tão impermeáveis à realidade?

Algo estranho aconteceu nos EUA nos nove meses decorridos desde que Barack Obama foi eleito, bem resumido pelo comediante Bill Maher: "Os Democratas deram um passo em direção à direita; os Republicanos deram vários em direção ao hospício".

A eleição de Obama – negro e com mensagem progressista – para suceder George W. Bush, detonou o âmago do modo como a direita norte-americana vê seu país. Aí, nesse âmago, eles vêem os EUA como nação de pele branca, de direita, modelada para sempre à moda de Sarah Palin.

Quando essa imagem foi repudiada por maioria maciça de norte-americanos, a direita simplesmente não computou. Não podia acontecer; logo, não aconteceu. Como o grito "Perfure, gatinha, perfure" [“Drill, baby, drill”, uma forma de incentivar Palin a buscar petróleo no Alasca] poderia ter sido derrotado por um mulato supostamente qualificado para a presidência? E, assim, um traço sempre presente na visão de mundo da direita norte-americana – negar a realidade e argumentar contra um fantasma demoníaco que a própria direita cria – inchou e cresceu. Hoje, a direita norte-americana só vê o que só ela vê.

Desde a posse de Obama, a direita nos EUA tem saltado freneticamente de uma fantasia para outra, como alguém que se debate nos tormentos de um colapso mental. Começou com a conversa de que Obama seria cripto-muçulmano e – ao mesmo tempo – de que seria também membro de uma igreja nacionalista negra que odeia brancos.

Quando essas idéias foram rejeitadas e Obama venceu as eleições, puseram-se a dizer que Obama teria nascido no Quênia e que teria sido contrabandeado (sic) para os EUA ainda bebê, e as autoridades do Havaí, cúmplices desse projeto, teriam falsificado a certidão de nascimento do bebê contrabandeado (sic). Nesses termos e pelas razões acima expostas, Obama ‘é’ inelegível, ‘não foi’ eleito e, pois, a presidência ‘tem de ser’ imediatamente entregue ao candidato Republicano, John McCain.

Não são fenômenos marginais: pesquisa da Research 200 descobriu que a maioria dos Republicanos e dos habitantes do Sul afirmam que Obama não nasceu nos EUA ou que não sabem com certeza onde nasceu. Vários senadores Republicanos têm repetido que Obama teria “perguntas a responder”. Não há comprovação, por mais incontestável – a certidão de nascimento, a foto de sua mãe grávida, no Havaí, a participação do nascimento no jornal do Havaí – que abale a convicção dos Republicanos.

Essa tendência alcançou o clímax no verão passado, com o Partido Republicano a clamar, em uníssono, que Obama deseja ver instalados "comitês da morte" para eutanásia dos velhos e portadores de deficiências. Sim, sim: Sarah Palin realmente declarou – sem piscar e sem corar –, que Barack Obama planeja assassinar o bebê dela.

É preciso admirar a audácia da direita. Vejam, pois, o que está realmente acontecendo.

Os EUA são o único grande país industrializado que não oferece assistência pública regular de saúde a toda a população. Não havendo assistência pública de saúde, os cidadãos têm de pagar por planos de seguro-saúde – e 50 milhões de pessoas, nos EUA, não têm meios para isso.

Resultado, 18 mil cidadãos norte-americanos morrem por ano, exclusivamente por não terem acesso ao atendimento médico de que necessitam. Equivale a seis 11 de setembro ao ano, todos os anos, ano após ano. E os Republicanos acusaram de “matadores” os Democratas que tentam deter esses milhares de mortes –, e já conseguiram pô-los na defensiva.

Os Republicanos defendem o sistema existente, dentre outros motivos porque recebem gigantescas somas de dinheiro das empresas médicas privadas que se beneficiam do sistema que gera muitas mortes e muitos lucros. Mas não podem defender diretamente o sistema mortal, porque 70% dos norte-americanos consideram “imoral” defender um sistema de assistência médica que não oferece cobertura a todos os cidadãos. Então, os Republicanos são obrigados a inventar mentiras que operem o prodígio de fazer soar como depravação qualquer plano para estender a cobertura médica.

Há alguns meses, como membro recém incorporada à diretoria de um conglomerado de empresas de saúde privada, Betsy McCaughey noticiou a inclusão de uma cláusula no projeto de lei sobre saúde pública, que pagaria as despesas dos mais velhos para fazerem uma visita ao médico e uma visita ao tabelião para fazer uma declaração de vontade. Poderiam assim declarar quando (se, é claro) desejam que o tratamento seja suspenso. Seria ato totalmente voluntário.

Muita gente deseja ter esse direito: eu mesmo não me interessaria por ser mantido vivo por alguns meses extra, em agonia e sem poder falar. Mas McCaughey lançou o boato de que aí estaria uma forma de eutanásia, pelo qual os velhos seriam forçados a concordar com a própria morte. Depois, a ‘cláusula’ passou a incluir também os incapazes, como o filho mais novo de Palin, o qual , nas palavras dela, teria de “justificar” a própria existência. Tudo isso sempre foi deslavada mentira – mas a direita já encontrara o ponto de apoio de que precisava; Palin declara que propostas (inexistentes) são “expressão do mal absoluto” – e propostas (existentes) são varridas do mundo.

A estratégia tem sido surpreendentemente bem-sucedida. Agora, todas as conversas sobre assistência pública de saúde têm de começar por os Democratas explicarem detalhadamente que não, não são favoráveis ao assassinato de velhinhos – enquanto os Republicanos insistem em defender um status quo que mata 18 mil norte-americanos por ano. (comentário do professor3f: Esta estratégia é amplamente utilizada no Brasil)

A hipocrisia é de assustar: Sarah Palin, quando governadora do Alasca, encorajava os cidadãos a assinar aqueles documentos-testamentos, sobre suspensão de tratamento médico. Praticamente todos os Republicanos que hoje fazem campanha contra os “comitês da morte” votaram no passado a favor dos documentos-testamentos sobre suspensão dos tratamentos. E a mentira já fazia germinar sua semente maléfica: lançara-se para o alto uma mão de confetes envenenados, para confundir e distrair; em seguida, começaram a sumir os votos de apoio ao plano para salvar vidas.

Essas manifestações frenéticas separaram-se da realidade, de tal modo que soam hoje como comédias de humor negro. A revista US Investors' Daily, manifestamente de direita, publicou que, se Stephen Hawking fosse britânico, o sistema britânico “socialista” de saúde tê-lo-ia deixado morrer sem assistência. Hawking respondeu, depois de tossezinha polida, que é britânico e que “não estaria aqui, se o Serviço Nacional de Saúde britânico não existisse”.

Essa tendência de simplesmente negar fatos inconvenientes e inventar um mundo de fantasia não é novidade – apenas se está tornando cada vez mais espantosa. Percorreu os anos Bush com o entusiasmo de um jorro de bourbon em água. Quando se tornou claro que Saddam Hussein não tinha armas de destruição em massa, os EUA simplesmente ‘declararam’ que as armas haviam sido mandadas para a Síria.

Quando as provas científicas de que o homem está fazendo subir a temperatura média do planeta tornaram-se tão abundantes que já não podiam ser desmentidas, ‘declarou-se’ – nas palavras de um senador Republicano – que o aquecimento global seria “a maior dessas ‘lendas urbanas’ que se inventam por aí.”

E que todos os climatologistas do planeta seriam “mentirosos’. A imprensa nos EUA então apresentou-se como ‘árbitro’ entre “os lados rivais”, como se os dois lados tivessem provas igualmente fidedignas, cada um a seu favor, e como se se tratasse de opiniões divergentes..

É uma vergonha, porque há algumas áreas nas quais uma filosofia conservadora – que fizesse lembrar os limites dos maiores projetos e potências humanas e recomendasse cautela – poderia ser corretivo útil. Mas não é o que se vê, vindo dos chamados “conservadores” que conhecemos: hoje, não fazem senão alimentar fantasias histéricas que sequer conseguem esconder completamente os mais brutais interesses financeiros e preconceitos.

Para muitas das principais figuras do Partido, trata-se de simples manipulação cínica. Um dos ex-conselheiros de Bush, David Kuo, disse que o presidente e Karl Rove por-se-iam a zombar dos evangélicos no instante em que saíssem da Casa Branca. Mas a base dos Republicanos acredita, mesmo, nas bobagens que o Partido tem ‘declarado’.

Estão sendo arrastados contra seus próprios interesses, por ação de falsos medos de demônios inventados. Semana passada, um dos Republicanos mandados a uma prefeitura para demolir um centro de atendimento médico começou uma briga e foi ferido – e depois reclamou que não tem seguro-saúde. Não é engraçado. Por pouco não chorei ao ouvir a história.

Como conseguem ser tão impermeáveis à realidade? Tudo começa, me parece, pela religião. São ensinados desde a mais tenra idade que é bom ter “fé” – e a fé, por definição implica crer em algo sem qualquer comprovação empírica. Ninguém depende de “fé” para acreditar que a Austrália existe; ou de que o fogo queima: há provas de tudo isso.

Mas é preciso ter “fé” para acreditar em mentiras ou em eventos absolutamente improváveis. De fato, os Republicanos são ensinados que a fé é aspiração muito digna, a mais alta das aspirações e a mais nobre das causas. Não surpreende que essa lição invada todos os espaços mentais e contamine as ideais políticas? O pensamento baseado na fé espalha-se e contamina o pensamento racional.

Até agora, Obama não respondeu a esse massacre pela des-razão. Tem implementado uma estratégia dupla: conciliar os interesses da elite econômica, e fazer piada sobre a marola de fanatismo que estão criando.

Assegurou (vergonhosamente) às empresas farmacêuticas que um sistema expandido de saúde não usará o poder do governo como fator de barganha para fazer baixar os preços dos remédios –, ao mesmo tempo em que dizia, ao grande público, que “não estou planejando matar vovó”. Em vez de enfrentar declaradamente tanto os interesses mais agressivos quanto as fantasias mais bizarras, Obama optou por bajular uns e diminuir a importância das outras.

Esse tipo de loucura não pode ser vencida por sedução nem conquistada por cooptação: tem de ser derrotada. Muitas vezes, em política, o inimigo é inevitável e tem de ser derrotado democraticamente. O sistema político não pode ser atropelado pela necessidade de satisfazer os deputados mais doidos ou mais doentiamente ambiciosos.

Não há como expandir o atendimento público de saúde sem enfurecer os laboratórios da ‘Big Pharma’ e os Republicanos mais pirados. Então, que seja! Como escreveu Arianna Huffington: “É tão sem sentido quanto seria, no auge do movimento pelos Direitos Civis, supor que seria preciso esperar que Martin Luther King e George Wallace concordassem. Esse não é o caminho para qualquer mudança.”

Por estranho que pareça, o Partido Republicano está realmente mergulhando num estranho culto bizarro, segundo o qual Barack Obama é matador de criancinhas e inventor ardiloso de sangrentos “comitês da morte” para matar os velhinhos norte-americanos. O novo slogan dessa gente poderia ser “bebês, encolham! Vovó, desapareça!”

O artigo original, em ingles, pode ser lido em:

http://www.independent.co.uk/opinion/commentators/johann-hari/johann-hari-republicans-religion-and-the-triumph-of-unreason-1773994.html


Traduzido pelo site Vi o Mundo. de Luiz Carlos Azenha.

Degeneração mucosa


Coilocitose



"As células envolvidas mostram pequenas áreas perinucleares, com um fino material granular, o qual aparece como uma lise da matriz citoplasmática, formando estruturas semelhantes a microvacúolos que, gradualmente, aumentam e se fusionam, finalizando com a formação de uma ampla zona clara (coilocitose). Binucleação e polilobulação foram achados constantes. Partículas virais intranucleares foram freqüentemente associadas com coilocitose. Túbulos e estruturas filamentares únicas foram também observados em coilócitos detectados em esfregaços e biópsias. Esse estudo fornece evidências posteriores de que o coilócito é o resultado de um processo caracterizado por alterações celulares próprias dos efeitos citopáticos do HPV."

Oliveira et al.. ASPECTOS MORFOLÓGICOS QUE SUGEREM A PRESENÇA DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM LESÕES DO EPITÉLIO DE REVESTIMENTO DA MUCOSA ORAL. RBPO, Texto 25. Disponível em . Acessado em 27 de agosto de 2009.

Amiloidose

Fígado normal e esteatose macro e microvesiculares



quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Este roteiro sobre degenerações foi formulado para a disciplina Patologia Aplicada I da Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA. Eu o acessei a partir do site http://www.medicina.ufba.br/patologia_i/roteiros/welcome.htm

AUTORES:
Prof. Luciano Espinheira Fonseca Júnior, Professor-adjunto e coordenador de MED-216
Laudenor P. Lemos-Júnior, aluno do 4º ano e monitor da MED-216

domingo, 16 de agosto de 2009

Avaliação da disciplina de Patologia

Blog + Síntese + Apostila + Fichamento + Portifólio + Painel ou Espaço patologia + Extensão ou revisão sistematizada = 3,0 pontos

Prova prática + prova teórica = 7,0 pontos.

DESCRIÇÃO:
Criar um blog relacionado à disciplina (0,8). Cada grupo criará um blog (blogspot.com) relacionado à Patologia. Neste blog serão postadas matérias relativas e concomitantes aos conteúdos planejados para o período letivo. A cada semana deverão ser postadas ao menos sete matérias, não necessariamente com datas diárias, mas que correspondam a uma produção de uma matéria por dia. Não será permitido acumular matéria de uma semana para a outra. Poderão ser postadas quantas matérias o grupo desejar além do número mínimo. As matérias não podem ser simples reprodução de material já disponível na internet. Deverá o grupo criar material próprio sempre embasado em literatura, inclusive disponível na internet. Todos os membros do grupo devem conhecer o material postado em seu próprio blog, e qualquer membro poderá ser questionado em relação a este material a qualquer momento.

Manuscrever sínteses de cada assunto planejado (0,3). A cada aula, o estudante deverá ter feito um resumo manuscrito de estudo a partir das fontes indicadas pelo professor, às quais podem adicionar outras fontes. O resumo não tem um tamanho máximo definido, ficando a critério do estudante a sua extensão. Contudo, não pode ser inferior a duas laudas, e deverá ser apresentado ao professor para que seja anotado o seu acompanhamento. São dez temas na primeira unidade e sete temas na segunda unidade a serem sumariados de acordo com um cronograma em anexo. Devem ser apresentadas no dia da respectiva aula, não sendo registrada em outro momento. Em caso de falta a aula, a síntese pode ser entregue por um colega.

Apostila (0,3). Acompanhar as aulas, respondendo a apostila da discilpina. A apostila consistirá de estudos dirigidos. Serão dez na primeira unidade e sete na segunda unidade.

Fazer o fichamento de um artigo científico relacionado a patologia (0,3). Um fichamento por unidade. O fichamento deverá obedecer aos critérios técnicos de elaboração e deverá ser do tipo "ficha de esboço" (Marconi & Lakatos, 2009; p. 60; 65). O fichamento será feito de um artigo em português e publicado em periódico disponível no scielo.

Elaborar um portifólio (0,3). São, no mínimo, dez registros por unidade na constituição do portifólio. A elaboração de portifólio para registro das observações em sala de aula relativas ao conteúdo trabalhado, às relações desenvolvidas no processo de aprendizagem, às dinâmicas trabalhadas, além de atividades que ocorreram em espaços externos. O portifólio deverá ser montado em um plataforma Powerpoint da Microsoft ou em um álbum. Elaboração do portifólio envolverá as experiências de formação vividas por seu autor, pois trata-se de parte de sua biografia, procura o sentido sobre a experiência pessoal das práticas durante a disciplina através de fotografia, sonografia, desenhos, descrições, dentre várias possibilidades. Realize estes registros na elaboração de seu portifólio. A cada aula, um estudante será sorteado e seus portifólios apresentados. Assim, em cada aula, cada estudante terá que está sempre com seu material pronto para apresentar. Cada estudante sorteado terá até dois minutos para apresentar seu portifólio. A não apresentação do portifólio acarretará em não pontuação neste item. No final de cada unidade, deverá ser entre ao professor para ser avaliado. Os prazos de entrega são na primeira unidade 01 de outubro e, na segunda unidade, 30 de novembro.

Painel (0,5). Na primeira unidade. Os painéis serão montados folha de papel madeira branco de tamanho padronizado. Deverá ter a identificação do título do tema, nome do estudante, logotipo da FALA, identificação da disciplina e do professor, e conteúdo de acordo com o tema. Será exposto em espaço aberto entre os dias 14 e 18 de setembro de 2009.

Participar do II Espaço Patologia - Arte & Criatividade (0,7). Na segunda unidade. O tema nesta edição do Espaço Patologia será "um diálogo com o Cariri". (1) patologia apresentada na forma de arte do Cariri; (2) literatura de cordel; (3) epidemiologia do Cariri; (4) notícias do Cariri; (5) diagnósticos no Cariri. O material produzido será exposto no espaço coberto da FALS durante duas semanas (19 a 30 de outubro). O material deve contemplar assuntos relativos a disciplina de Patologia, trazenod informações sobre a etiologia, patogênese e alterações morfofuncionais adaptadas á temática em questão. Os trabalhos poderão ser realizados em material diversos, com a preocupação de não obstruir os espaços de trânsito interno. Serão da responsabilidade de cada estudante a colocação e a retirada do material nos prazos e espaços acordados. Cada trabalho deve conter as indicações dos nomes dos membros da equipe, professor e disciplina.

Extensão (0,5). Palestras sobre temas relevantes. Na primeira unidade. As palestras devem ser realizadas no espaço e datas acordados na disciplina, e devem ser registradas com fotografias, atas de assinatura do ouvintes da palestra, bem como assinatura do responsável pela instituição onde é realizada a palestra. A palestra deve ter duração mínima de 10 minutos. A palestar deve ser realizada por todos os estudantes, mas podem fazer duplas ou trios. Nestes casos devem ser realizadas duas ou três palestras, respectivamente.

Fazer uma revisão de literatura sistematizada (0,3). Relacionando patologia e seu curso. Na segunda unidade. Escolher um tema dos propostos e escrever uma revisão de literatura.

Prova (7,0). A prova é item obrigatório para a aquisição dos outros pontons. A não participação na prova (AV01 e AV02), em primeira chamada, resulta em não pontuação relacionada aos itens anteriores. A prova teórica terá valor de 5,0 pontos, enquanto a prova prática terá valor de 2,0 pontos. A prova teórica consistirá de uma prova escrita com quatro questões de múltiplas escolhas com valor de 0,5 pontos cada, e seis questões dissertativas com valor de 0,5 pontos cada. A prova prática consistirá de a identificação de imagens relacionadas à exame de anatomia patológica. Serão apresentadas 10 imagens que deverão ser reconhecidas e a informação requerida a cerca da imagem anotada em folha de resposta específica. A prova será com projeção de imagens utilizando o projeto de imagem (data-show) e programa Powerpoint. No dia da prova prática, os alunos serão divididos em grupos de até 10 pessoas. Serão expostas as imagens sequencialmente. As imagens serão expostas 3 vezes cada uma, e em cada exposição, cada imagem ficará disponível por 30 segundos. A reavaliação de uma prova escrita (recorreção) poderá resultar tanto em aumento quanto diminuição de notra quando observado erro na correção original!