terça-feira, 29 de setembro de 2009

O que o petróleo do Pré Sal tem a ver com você


O Brasil pode fazer um novo fundo igual à soma do FAT e do FGTS, mais 20 trens-bala, mais uma Harvard tropical, mais corrigir e manter aposentadorias do INSS, e mesmo assim isso somaria apenas 14% de uma projeção rasteira dos recursos do pré-sal. Isso totalizaria, por alto, 730 bilhões de dólares. Saiba por que tanta gente quer por a mão nessa riqueza e por que há tanta agitação, no Congresso Nacional, sobre esse assunto. O artigo é de Castagna Maia.

I. Abaixo do fundo do mar, a cerca de 2 km de profundidade, há uma camada chamada “pós-sal”; abaixo dela, há a chamada “camada de sal”; e abaixo dessa camada há a “camada pré-sal”. Ou seja, há o mar, com cerca de 2 km de profundidade; e após isso, cerca de 5 km abaixo, há a camada pré-sal. A Petrobrás encontrou, há cerca de dois anos, reservas gigantescas de petróleo nessa camada pré-sal.

II. Há uma possibilidade de o pré-sal ter 300 bilhões de barris de petróleo. Façamos uma conta por UM TERÇO disso, 100 bilhões de barris. O custo de produção, hoje, no mundo, é de cerca de 8 dólares por barril. Como a tecnologia necessária para explorar o pré-sal é maior, façamos a conta a 20 dólares o barril para extração. Com a cotação do barril a 70 dólares, hoje, é possível ter um “lucro” de 50 dólares sobre o barril.

Se multiplicarmos esses 50 dólares de “lucro” por 100 bilhões de barris, teremos 5 trilhões de dólares. Essa é a riqueza já pesquisada e descoberta pela Petrobrás, calculada pela hipótese mais pessimista possível.

III. É uma riqueza realizável no tempo, durante, por exemplo, 20 anos, e levaremos 6 ou 7 anos para atingir uma boa produção. Divididos esses 5 trilhões de dólares por 20 anos, dá 250 bilhões de dólares ao ano. O que são 5 trilhões de dólares? O que dá para fazer com isso?

O orçamento do trem-bala Rio-São Paulo é de 15 bilhões de dólares. Com 300 bilhões de dólares podemos fazer 20 trens-bala, ligando de Porto Alegre a Belém, passando por São Luís, Teresina, Fortaleza, Maceió, Aracaju, Cuiabá, Campo Grande e por aí afora. Isso permitiria o transporte barato de pessoas e da produção, integrar regiões a um preço baixo, economizar na manutenção de estradas e ter um transporte mais seguro, mais confortável e mais limpo. Imagine o que seria isso na integração econômica do Brasil. Esses 300 bilhões de dólares seriam 6% da riqueza do pré-sal, na pior hipótese que é de “apenas” 100 bilhões de barris.

O orçamento anual da Universidade de Harvard é de 3 bilhões de dólares. Com 60 bilhões de dólares podemos sustentar uma universidade do mesmo nível de Harvard durante 20 anos. Podemos colocar na nossa Harvard Tropical os 5 primeiros colocados nas melhores universidades do País, sem que paguem nada. Fariam graduação, mestrado, doutorado. E voltariam para suas universidades para disseminar o conhecimento. Ali está o futuro da tecnologia brasileira. Nossa conta já foi, aqui, a 360 bilhões de dólares.

IV. O INSS paga anualmente o equivalente a 90 bilhões de dólares em benefícios. Com o equivalente a mais de dois anos de pagamento de benefícios, 180 bilhões de dólares, é possível CORRIGIR E MANTER as aposentadorias do INSS. É possível resgatar os valores das aposentadorias e pensões, e resgatar a dignidade dos aposentados. Somando 20 trens-bala, a “Harvard Tropical”, o resgate dos aposentados e pensionistas, teríamos 560 bilhões de dólares. Os três projetos que mencionamos até agora envolveriam a APENAS ONZE POR CENTO DA RIQUEZA DO PRÉ-SAL calculada por baixo.

Praticamente todo o financiamento brasileiro da indústria, habitação, saneamento, renovação do parque industrial, incorporação de novas tecnologias é feito com recursos do FAT, via BNDES. O FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, que também paga o seguro-desemprego, tem um patrimônio próximo a 80 bilhões de dólares. O FGTS acumulou, até hoje, cerca de 90 bilhões de dólares. Esses dois fundos totalizam, portanto, 170 bilhões de dólares.

V. O Brasil pode fazer um novo fundo igual À SOMA DO FAT E DO FGTS, mais os 20 trens-bala, mais nossa Harvard tropical, mais corrigir e manter aposentadorias do INSS, e mesmo assim isso somaria APENAS 14% de uma projeção rasteira dos recursos do pré-sal. Isso totalizaria, por alto, 730 bilhões de dólares.

VI. O orçamento federal da Educação é de 17 bilhões de reais, ou 9 bilhões de dólares. Esses recursos podem ser TRIPLICADOS: os 9 existentes mais 18 bilhões de dólares. Com esse acréscimo de 18 bilhões de dólares ao orçamento já existente, em 20 anos seriam gastos 360 bilhões de dólares. Isso permitiria, finalmente, a ESCOLA PÚBLICA EM TEMPO INTEGRAL, com alimentação, médico, dentista, biblioteca, computadores, atletismo, esporte, cultura. A conta, aqui, chegou a 1,09 trilhão de dólares.

VII. O orçamento da saúde, que sustenta o SUS, é de 43 bilhões de reais, ou 22 bilhões de dólares. Se DUPLICARMOS o orçamento do SUS, teremos que adicionar mais 22 bilhões ao ano, ou 440 bilhões de dólares em 20 anos. Isso é 8% do total do petróleo da camada pré-sal segundo a conta mais pessimista. Aqui, a conta sobe para 1,530 trilhão de dólares, ou 28% do total do pré-sal.

VIII. Para fins meramente comparativos, veja: a dívida interna brasileira está em 1 trilhão de reais, ou 500 bilhões de dólares. Somado isso aos projetos anteriores, seriam gastos 2,03 trilhões de dólares. E estamos falando na conta mais pessimista, de 5 trilhões de dólares de reservas.

Mas veja as premissas:

a. Falamos do preço do barril a 70 dólares, hoje, e deve subir, novamente, a 100 dólares o barril.

b. Calculamos sobre reservas de 100 bilhões de barris, mas podem chegar a 300 bilhões de barris.

c. Falamos de um custo de extração quase 3 vezes maior do que o atual: atualmente, 8 dólares o barril. Aqui, apontamos 20 dólares porque se trata do pré-sal, onde a dificuldade é maior. 70 dólares o barril menos 20 de custo de extração dá 50 dólares de lucro líquido por barril. Multiplicando por 100 bilhões de barris, dá 5 trilhões de dólares. Se o custo de extração for maior, de 30 dólares o barril, o total de “lucro líquido” chega a 4 trilhões de dólares.

O valor do pré-sal foi calculado, aqui, prevendo algo muito menor do que as expectativas técnicas.

IX. Quanto aos projetos, temos, em dólares:

1. 300 bilhões para 20 trens-bala interligando de Porto Alegre a Belém, o que barateira a locomoção de pessoas e o transporte de mercadorias e integraria definitivamente o Brasil.

2. 60 bilhões de dólares para construir e manter, durante 20 anos, uma universidade no padrão Harvard, que abrigaria os melhores alunos das nossas universidades, gratuitamente, e daria continuidade à nossa busca por tecnologia própria.

3. 200 bilhões de dólares para corrigir e manter as aposentadorias do INSS, igual a mais de dois anos do total de benefícios atuais.

4. 170 bilhões de dólares para fazer um novo fundo de desenvolvimento, igual à soma do FAT e do FGTS.

5. 360 bilhões de dólares que triplicam o orçamento federal da Educação nos próximos 20 anos, e que permitiriam escola de tempo integral para todos, com alimentação, saúde, atletismo, esporte, informática.

6. 440 bilhões de reis para DOBRAR o orçamento federal em saúde durante 20 anos.

7. 500 bilhões de dólares como mero comparativo do que seria necessário para liquidar a dívida interna brasileira.

Isso tudo dá um total de 2,03 trilhões de dólares, ou 40% do que temos no pré-sal de acordo com os cálculos absolutamente pessimistas que fizemos.

Só que o pré-sal pode ter 300 bilhões de barris; o petróleo pode ir rapidamente a 100 dólares, e o custo de extração permaneceria em 20 dólares, o que daria um “lucro líquido” de 80 dólares o barril. Nessa hipótese, teríamos 300 bilhões de barris multiplicados por 80 dólares de “lucro líquido”, o que daria 24 trilhões de dólares. Essa é a hipótese otimista.

X. E o que o Brasil precisa para “ganhar” 5 trilhões de dólares, ou seja, o “lucro” do pré-sal após extraído? Só precisamos extrair, com a tecnologia já detida pela Petrobras. A Constituição Federal já disse que o petróleo pertence à União, pertence ao povo brasileiro. Uma parte já foi vendida – por causa da terrível “flexibilização do monopólio do petróleo”, por meio dos absurdos leilões de bacias petrolíferas. Mas há, no mínimo, 5 TRILHÕES de dólares líquidos esperando pelo Brasil.

É claro que a conta pode ser feita com outros destinatários: as grandes petrolíferas multinacionais fazem essa conta tendo em vista o seu lucro; alguns, tendo em vista financiamentos de campanhas políticas; outros, o enriquecimento pessoal. Aqui fizemos uma conta levando em consideração os interesses do BRASIL E DO SEU POVO. Apontamos projetos que podem mudar radicalmente o Brasil, que nos colocam no grupo dos países desenvolvidos. Ou se pensa no Brasil e no seu povo, ou se pensa em como apropriar essas riquezas para poucos grupos internacionais, para financiar campanhas políticas, para o enriquecimento de alguns.

XI. O petróleo do pré-sal interessa diretamente a você. Se você é trabalhador, porque haverá geração de mais empregos e consequente aumento de salários. Só o convênio PROMINP – Petrobrás Indústria garante, desde já, 250.000 empregos diretos e 500.000 empregos indiretos. Isso de imediato. Se você é aposentado, porque uma pequena parte desses recursos já garantiria a correção e manutenção das aposentadorias, além da viabililidade permanente da previdência social e a significativa melhora da saúde pública. Se você é empresário, porque é possível constituir um fundo igual à SOMA do FAT e do FGTS para financiar investimentos, ganhos tecnológicos, ampliações, consumo, distribuição, transporte, habitação, exportação, além de baratear o transporte dos produtos.

XII. É preciso garantir o nosso próprio abastecimento, em primeiro lugar, durante todo esse período, até que possamos ultrapassar nossa dependência do petróleo e criar nova matriz energética. Garantido nosso abastecimento, é preciso reverter essa riqueza para o povo brasileiro. Essa riqueza é sua, dos seus filhos, dos seus netos, é o legado que uma geração deixará para as gerações seguintes: a de um futuro promissor, farto, humano, fraterno, do Brasil e do seu povo. É o nosso ingresso no grupo dos países desenvolvidos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pense em um povo que não esquece sua MISSÃO

E ainda tem uma revisão dos assuntos da prova.
Ou seja, Onde você fica atualizado em tudo que rola no mundo da Patologia.

PARABÉNS.

O que vamos estudar no início de nossa Unidade II ?

Os processos envolvidos na inflamação não ocorrem apenas quando há lesão, mas, em nível basal, durante toda a vida. Assim, participam de eventos que mantêm a homeostase do organismo, inclusive nos processos de reparo tecidual.

O reparo é a restauração da arquitetura e funções teciduais após uma lesão, e pode resultar em regeneração ou cicatrização (fibrose). Este processo envolve células e a matriz extracelular.

Após uma lesão, a liberação de fatores de crescimento polipeptídicos estimulam diversos tipos celulares (parenquimais e estromais) a se multiplicarem visando ao reparo tecidual.

O ciclo celular inclui a replicação do DNA e a mitose, que são fortemente reguladas com diversos pontos de controle (estimulatórios e inibitórios). Durante a intérfase pode-se verificar períodos específicos - G0, G1, S e G2, que são regulados por proteínas - ciclinas e quinases dependentes de ciclina (CDK) - específicas para cada momento. Depois que a célula passa por estas etapas processa-se a mitose.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

professor3f

Granuloma tipo matrix



Para ver a formação do granuloma, assista ao vídeo no YOUTUBE....

http://www.youtube.com/watch?v=pQ0T59qKK-s

Lista de filmes....

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cara, pergunte ao prof. Aracélio como isto dói...


Observe na imagem como o tornozelo do professor Aracélio ficou edemaciado. E foi rápido. Instantâneo se poderia dizer.

Agora a pergunta que fica aos colegas, Patológicos, é porque o edema é tão extenso? e porque tão rápido? nos casos de entorse de tornozelo.

QUEM SE GABARITA? Favor comentar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Adib Jatene

Conseguir dinheiro para a saúde é um eterno problema. Por que não se resolve isso? Quando cheguei ao ministério, em 1995, o orçamento da Saúde representava 22% do total da seguridade – que incluía saúde, previdência e trabalho. Seriam necessários 30% – exatamente mais R$ 8 bilhões. O plano do Pedro Malan, na Fazenda, era fazer a reforma tributária, que traria novos recursos. Como isso ia demorar, propus uma contribuição provisória – assim surgiu a CPMF.

E por que a coisa não funcionou? É que o texto final não incluiu uma parte importante, na qual se dizia que esses recursos viriam como uma suplementação de verba. As fontes originais da saúde teriam que ser mantidas, por força de lei. Mas tão logo vieram os recursos da CPMF, a Fazenda retirou parte do dinheiro original e destinou a outros ministérios. Se a Saúde tivesse aqueles 30%, disporia este ano de R$ 120 bilhões. Mas tem R$ 56 bilhões. Não dá.

Muitos dizem que os recursos da saúde são mal gastos. Algum recurso até poderia ser gasto de uma forma melhor, mas não é esse o problema. Falamos de um ministério que internou 11 milhões de pessoas em 2008 e fez mais de 400 milhões de consultas. Que eliminou a pólio e o sarampo. Que tem uma assistência à Aids sem igual no mundo e é responsável pela quase totalidade de transplantes no País.

Como assim, quase totalidade? O transplante que se faz no Albert Einstein é o SUS que paga. A cirurgia cardíaca, a neurológica, os medicamentos de alto custo para câncer, ele é que garante. Essa história de que a gestão publica é ruim é uma farsa. Basta olhar quem é o gestor de hospital privado. O do Einstein é o Alberto Kamamura, que veio das Clínicas, um hospital público. O superintendente do Sírio-Libanês, Gonçalo Vecina, e grande parte da enfermagem de UTI de lá foram treinados em hospital público.

É que a área privada tem mais recursos…
O sistema público, juntando União, Estados e municípios, gasta uns R$ 650 per capita/ano. O privado, uns R$ 1.650. Ora, se eu tenho três vezes mais recursos, claro que vou ter um hospital melhor.

mais sobre esta entrevista, visite o blog do Favre

http://blogdofavre.ig.com.br/


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O porquê precisamos sempre aprender algo mais, ou, o combustível para o eterno aprender

Às vezes, queridos, aprendizes, se não elogio é porque me lembro do grande filósofo BIGODÃO


Caríssimos, alguns colegas às vezes ficam se perguntando porque o professor não comenta ainda mais nossos trabalhos com elogios, e continua a nos cobrar esforços redobrados.


Apenas quero vos lembrar do nosso amigo, Frederico!

Evolução da expansão de universidades federais no BRASIL

Que que há, velhinho?

Qual é a idade do seu cérebro é um joguinho muito legal que o pessoal do PATOLOGICAMENTE FALANDO disponibilizou no seu blog.

Eu fiquei com um escore até bom.... depois de três tentativas, a média ficou em 29,3333....

Abraços,
e visitem.

http://patologicamentefalando10.blogspot.com/

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ei, eu estou é filmando...



Apenas uma brincadeira! para lembrar de como é divertido também fazer trabalho de campo, em ação social. A gente sua, mas se diverte. Pense num grupo divertido e criativo.

Valeu!

Da série, vejo Patologia em tudo....

A série de postagem presente em PATOLOGIA EM ABORDAGEM FISIOTERÁPICA está supercriativa.

Detalhes que mostram parte da essência dos conceitos discutidos em sala de aula de forma divertida.

Visitem
http://fisioterapiaepatologia.blogspot.com/

Farmacologia.....

Loucuras Patológicas

Visitem o blog LOUCURAS PATOLÓGICAS para ler sobre efeitos de drogas - maconha, heroína e álcool.

http://loucuraspatologicas.blogspot.com/

Estão de parabéns por abordar o tema.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quando superaremos este fenômeno?



A cola pode acontecer de diversas formas, desde estas que estão representadas no desenho até o decoreba da noite sem dormir.... assim, gostaria de enfatizar a nossa preocupação no sentido de encontrar o verdadeiro objetivo de cada um de nós no processo.

O meu objetivo se coaduna perfeitamente com o proposto pela instituição:
FORMAR profissionais capazes de contribuir para o desenvolvimento do País,
EMBASADOS na responsabilidade social e na ética
VISANDO o bem estar e a qualidade de vida dos cidadãos....

e o seu?

Eu fico pasmo como não vêem....

Uma parcela da população brasileira ainda não quis ver o novo mundo, o novo Brasil.

Em um dia de avaliação....

Preocupado com as interligações que os aprendizes já estão construindo (ou por outro lado, ainda não estão construindo) entre os assuntos estudados em Patologia e sua própria futura profissão, o professor3f adianta um possível tema de reflexão:
COMENTE SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS TÓPICOS DISCUTIDOS EM CALCIFICAÇÕES E OS PROCESSOS DIAGNÓSTICOS EM BIOMEDICINA. Será avaliada a sua capacidade de correlacionar os assuntos propostos. Além disto, serão levadas em consideração: clareza, concisão, correção, encadeamento, consistência, contudência, precisão, originalidade, correção política e fidelidade.
No lugar de calcificação, poderíamos pensar em alterações celulares reversíveis e irreversíveis (causas, mecanismos e alterações morfológicas), ou pigmentação, ou inflamação, ou necrose, bem qualquer um dos assuntos já estudados.
No lugar de processos diagnósticos em biomedicina, poderíamos pensar em ações de fisioterapia ou de enfermagem.



compromissos básicos


O PRAZER DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA - Descubra como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos, editado pel HAGNOS, e escrito por ISRAEL BELO DE AZEVEDO, apresenta alguns princípios de comunicação.

Clareza - o texto deve ser escrito para se entendido; a dificuldade do leitor pode estar na compreensão do assunto, nunca na obscuridade do raciocínio do autor. Um pensamento claro gera um texto claro, escrito segundo a ordem natural do pensamento e das regras gramaticais.

Concisão - o texto deve dizer o máximo no menor número possível de palavras. Um autor seguro do que quer dizer não se perde em meio às suas palavras, que são um meio de dizer e não um fim. Para isto, o autor deve usar frases curtas e parágrafos breves.

Correção - o texto deve estar grafado corretamente, pontuado adequadamente e ter suas concordâncias regidas conforme as regras.

Encadeamento - tanto as frases como os parágrafos e os capítulos (ou partes) devem estar encadeados de modo lógico e harmônico. É recomendável também que os capítulos (ou partes) guardem algumas simetria na sua estrutura e dimensão.

Consistência - o texto deve usar os verbos nos mesmos tempos, preferencialmente na voz ativa, e os pronomes nas mesmas pessoas. Para se referir a sis enquanto pesquisadores, o autor deve escolher um tratamento (eu, nós, o pesquisador, -se) e ficar nele ao longo do trabalho.

Contundência - o texto deve ir direto ao assunto, sem circunlóquios, a fazer as afirmações de forma forte, não só para criar impacto, mas para marcar bem as suas posições.

Precisão - o texto deve buscar usar as palavras e conceitos nos seus sentidos universalmente aceitos ou definidos a priori. A ambiguidade não concorre para a compreensão; a exatidão dos termos é indispensável na comunicação científica.

Originalidade - Original não é o texto que dá cambalhotas (na cabeça do leitor), mas tão somente aquele redigido de modo autônomo, agradável e criativo; autônomo é o texto que não depende em demasia das fontes utilizadas mas procura reescrever de modo independente as idéias tomadas por empréstimo; agradável é o texto escrito de modo a despertar o interesse do leitor, e criativo é o texto capaz de dizer as coisas, até as já sabidas, numa perspectiva nova. Ser original é evitar o recurso fácil das frases feitas, dos lugares comuns e dos jargões profissionais.

Correção política - O texto deve dar atenção à noção do "politicamente correto", no uso de conceitos e palavras, para evitar o emprego de expressões de conotação etnocentrista, especialmente as de cunho sexista e racista.

Fidelidade - o texto deve ser escrito segundo parâmetros éticos, com absoluto respeito ao objeto de estudo, às fontes empregadas e aos leitores. Evidentemente ainda, os textos citados não podem ser usados para dizer aquilo que seus autores não quiseram. O texto usado pode e deve ser interpretado, mas não distorcido. Por isto, todas as elipses e todas as interpolação devem ser indicadas.

domingo, 13 de setembro de 2009

Nossa microbiota é um ÓRGÃO A MAIS QUE POSSUIMOS

Eu fiz a minha iniciação científica na UFPI orientado pelo prof. Dr. Luiz de Macedo Farias. Depois fui para a UFMG e dei continuidade a minha formação de pesquisador, também sob orientação do prof. Macedo.

Talvez por isso tenha uma visão ecológica do mundo e do corpo humano. E também porque convivi por 15 anos com uma bióloga, minha primeira esposa - Francisca Lúcia de Lima. Na verdade, quem me introduziu no mundo das ciências em nível de pesquisa.

Então, fiquei muito feliz ao ler no site da Revista Pesquisa Médica o seguinte trecho elucidador.

"A ciência está demonstrando que não é mais possível ignorar a contribuição dos microrganismos que nos colonizam, particularmente das bactérias, para a saúde humana. Nossa dependência deles é mais profunda do que se imaginava e, com o auxílio de ferramentas de exploração genética, começa agora a ser mais bem compreendida. Da investigação sobre a interação entre nosso genoma e o dessa imensa e diversa população de bactérias podem sair respostas para antigos mistérios. Para se ter ideia do potencial desse novo flanco de pesquisas, basta dizer que para cada célula humana há dez bactérias. Tal população pode ser agrupada em até mil espécies, somando um número total de genes cem vezes maior que o do genoma humano. Se fosse colocada no prato de uma balança, essa microbiota pesaria cerca de 1,5 kg. Sua atividade metabólica é comparável à do fígado, o maior e mais ativo órgão no corpo humano. "É um órgão a mais que temos, só que disperso nas nossas superfícies", diz o microbiologista Jacques Robert Nicoli, especialista em ecologia microbiana das superfícies e mucosas do hospedeiro humano e animal e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)."

O prof. Dr. Jacques R. Nicoli foi um de meus professores durante o mestrado e é uma forte influência no pensamento de todos os que cursam pós-gradução no Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.

Gostaria ainda de ressaltar o papel intelectual da profa. Dra. Maria Auxiliadora Roque de Carvalho.


O link para a matéria é o seguinte:
http://www.revistapesquisamedica.com.br/PORTAL/textos.asp?codigo=11635

Cite a(s) fonte(s) mesme quando for COPYLEFT

Informar a FONTE das informações

Patologicamente falando by Thiago

Gostaria de recomendar a leitura e observação das postagens do blog do Thiago Ribeiro (Enfermagem - 100)
PATOLOGICAMENTE FALANDO BY THIAGO R CAMPOS

http://patologicamentefalandobythiagorcampos.blogspot.com/

sábado, 12 de setembro de 2009

Pergunta de um aluno


olá professor Flávio, o acúmulo de colesterol, em macrófagos e células musculares lisas (células espumosas) nas lesões de aterosclerose pode ser chamado de lipoidose?
As calcificações da lesão são distróficas ou metastáticas? Hipercalcemia pode levar ao problema?


Segundo Faria, J.L. Patologia Geral - fundamentos das doenças, com aplicações clínicas. 4ª ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008.

A divisão de lípides em gorduras neutras e lipóides não é mais utilizada na bioquímica, mas deixou marcas na PATOLOGIA. Daí esteatose ou lipoidose é o acúmulo de lípides em células, tecidos ou órgãos. Para as gorduras neutras, usa-se esteatose de gorduras neutras, simplementes esteatose ou raramente lipose; e, para os lipóides, esteatose lipóidica ou lipoidose.

Na aterosclerose, o autor relata que dentre as alterações macroscópicas pode ser verificar lesões na íntima do vaso na forma de MANCHAS, PLACAS E ATEROMAS, que frequentemente, coexistem na mesma artéria. Todas essas lesões têm a cor amarela e distinguem-se entre si principalmente pela projeção que fazem na luz: as manchas, pouco ou nada salientes, chamam-se lipoidose; as placas de aterosclerose são pouco salientes, maiores e endurecidas; e os ateromas são as lesões mais projetantes na luz de modo a lembrar pequenos tumores.

O monócito tem papel fundamental no início e progressão da aterosclerose; o começo é chamado de lipoidose da camada íntima da artéria. Essa lesão é um depósito de colesterol e, por isso, amarela como ele.

A calcificação distrófica ocorre em elementos mortos ou degenerados, como áreas de necrose de várias etiologias principalmente a tuberculosa, e substâncias hialinas (parede de artérias na arteriosclerose, trombos e cicatrizes).

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

08 de setembro de 2009.... como andam as postagens nos blogs

http://acaricatura.blogspot.com/



Einstein- Alô?
Operador de Telemarketing- Boa tarde, represento a escola de idiomas Easy for You. O senhor acaba de ganhar um curso básico de inglês sem custo nenhum; o único investimento é o material didático! Parabéns! O senhor foi escolhido entre centenas de concorrentes - que sorte, hein?
Einstein- "Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos".
Operador de Telemarketing- Como sabemos, o inglês é uma língua fundamental para quem quer ter um futuro promissor.
Einstein- "Eu nunca penso no futuro. Ele não tarda a chegar".
Operador de Telemarketing- ...e com o inglês fluente o seu sucesso será garantido
Einstein- "O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário".
Operador de Telemarketing- Não na escola Easy for You! Aqui o senhor falará outro idioma em apenas seis meses, não é fantástico?
Einstein- "O tempo é relativo e não pode ser medido exatamente do mesmo modo e por toda a parte".
Operador de Telemarketing- Eu não entendi o que disse... acho que temos um pequeno problema de comunicação...
Einstein- "Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criamos."
Operador de Telemarketing- Então... não tem interesse em ser um homem de sucesso?
Einstein- "Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso."
Operador de Telemarketing- Quem perde é o senhor! Hoje em dia, quem não fala o inglês já é quase um analfabeto! (desliga).
Einstein- "Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito."

domingo, 6 de setembro de 2009

PROTEGER O PATRIMÔNIO BRASILEIRO



Formar profissionais capazes de contribuir para o DESENVOLVIMENTO DO PAÍS,
Embasados na RESPONSABILIDADE SOCIAL e na ÉTICA,
Visando o BEM ESTAR e QUALIDADE DE VIDA dos cidadãos.

Pigmentação - aréola



Aréola & pigmentação
1.
"A base da papila mamária (mamilo) é envolvida por uma área discóide cutânea, a aréola, rosada nas mulheres caucasinas nulíparas e, em geral, fortemente pigmentada em raças e indivíduos mais melanizados. No segundo mês de gravidez, a aréola se torna maior e mais escura, marrom-escura na gravidez, com a intensidade da cor variando com a textura da pele; o grau de pigmentação diminui após a lactação, mas a aréola nunca retorna à sua cor original. Ela contém muitas glândulas areolares sebáceas, muito aumentadas na gravidez e lactação com "tubérculos" subcutâneos, cuja secreção oleosa é um lubrificante protetor durante a lactação. Algumas parecem intermediárias em estrutura entre as glândulas sebáceas e sudoríparas; outras (glândulas de Montgomery) são do tipo mamário, embora pequenas. Não existe gordura imediatamente abaixo da pele da aréola e papila."

Williams, P.L.; Warwick, R.; Dyson, M.; Bannister, L.H.. GRAY Anatomia. 37ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1995. pag. 1361.

2.
Por meio de um estudo histológico da pele da mama (breast) e da aréola, utilizando técnica histoquímica (Masson-Fontana) e imunistoquímica (Mel-5), Dean et al. (2005) relataram que a quantidade melanina presente por extensão de membrana basal foi 2,14 vezes maior na pela da aréola que na pele da mama. A razão entre melanócitos e ceratinócitos foi de 1:9,7 na pele areolar versus 1:14,7 na pele da mama.

Dean N.; Haynes, J.; Brennan, J.; Neild, T.; Goddard, C.; Dearman, B.; Cooter, R.. Nipple-areolar pigmentation: Histology and potential for reconstitution in breast reconstruction. Br J Plast Surg. 2005, v.58, n.2, p.202-208.

sábado, 5 de setembro de 2009

Biologia dos melanócitos

Os melanócitos tem como primeira responsabilidade proteger a pele contra os lesivos raios ultravioletas por produzir melanina que protege do sol. É nossa primeira linha de defesa contra o câncer de pele.

Raios UVA penetram a epiderme, desencadeando uma série de eventos que iniciam com formação de radicais livres, passam por danos ao DNA celular e culminam com o câncer de pele. A melanina é o que fica entre a luz ultravioleta e nosso delicado código genético.

Os melanócitos estão localizados na membrana basal da epiderme e estão em uma proporção de 1 para 10 em relação aos ceratinócitos (células da pele). Esta razão varia de região a região e entre indivíduos frequentemente explicando variações na tonalidade de certas áreas do corpo.

A epiderme é composta por várias camadas de ceratinócitos e a derme está subjacente à camada basal.


Os melanócitos são essencialmente as produtoras de melanina. Sob condições normais um hormônio da glândula hipófise – hormônio estimulante de melanócito (MSH) inicia o processo. Outro hormônio, ACTH bem como a radiação ultravioleta também são capazes de disparar a formação de melanina.

A produção de melanina ocorre em múltiplos passos. O primeiro e mais crítico passo envolve a enzima tirosinase. A tirosinase catalisa a conversão do aminoácido tirosina a dopa e então a dopa é transformada em dopa-quinona, a partir da qual podem ser formados dois pigmentos diferentes.

Eumelanina é responsável pela coloração da pele, pelos e olhos. Em geral, eumelanina está sob controle genético e é responsável pelas semelhanças dentro de uma família e as diferenças entre diferentes etnias.

Feomelanina é responsável por pelos laranjas e vermelhos (ruivos). Como experados, estes indivíduos são tipicamente sardentos e de olhos verdes.

Grânulos de melanina são formados em unidades pre-empacotadas chamadas melanosomas e conduzidas para projeções dendríticas celulares do melanócitos. A partir daí, os grânulos são transferidos aos ceratinócitos que cercam os dendritos. Uma vez dentro dos ceratinócitos, os melanosomas começam a degradar e os grânulos de melanina são liberados ao redor do DNA.

Há uma variação na cor da pele em seres humanos, que segundo o tipo de pele de Fitzpatrick pode ser dividida em seis categorias: Tipo I a VI, indo da pele branca até preta.

Esta variação se deve a diferenças no número, tamanho e localização dos grânulos de melanina dentro das células da epiderme.

Nas peles tipo I e II, os melanosomas são menores (0,3-0,5μm) em diâmetro e localizados principalmente na camada basal da epiderme. Enquanto na pele do tipo VI, os melanosomos são maiores (0,5-0,8μm) em diâmetro e mais amplamente distribuídos pelas diversas camadas da epiderme. Os melanosomos são também produzidos em maior quantidade e degradados mais lentamente quando estão dentro dos ceratinócitos. A luz ultravioleta também afeta o tamanho e taxa de formação dos melanosomos, independente da cor da pele.

Sinais (nevos) são colônicas benignas de melanócitos que não apresentam as projeções dendríticas. Assim, os melanosomas permanecem dentro dos melanócitos. Os sinais podem variar em localização, e podem limitar-se à epiderme ou promover protrusão na superfície.

Sinais dentro da derme são ninhos de melanócitos (sinais mongóis e nevus azul).

Sob certas condições, os nevus podem sofrer alterações; uma situação é a displasia, o que não significa neoplasia.

Com o envelhecimento, o nível geral de pigmentação da pele aumenta, e assim os adultos tem uma cor de pele mais forte, o que também contribui para que descolorações da pele fiquem mais intensas (lentigo solar e melasma).

Manchas do envelhecimento estão limitadas a áreas de exposição solar (face, antebraços e mãos) e costuma aparecer após os 40 anos de idade. Por volta dos 40 anos, cerca de 70% dos calcasianos as possuem.

Algumas manchas, especialmente mais comuns durante a infância, são muito menores e a intensidade da coloração se altera sazonalmente. Os melanócitos da área da mancha são mais ativos em resposta a radiação solar.

No melasma, a maior parte do excesso de pigmento está na epiderme, mas uma parte pode estar na derme. Isto dificulta o tratamento cosmético, mas se for evitada nova formação de melanina, a mancha pode ser bastante reduzida.

Para eliminar as pigmentações melânicas, o primeiro passo poderia ser inibir ou interromper a produção desta. A melanina é produzida por melanócitos, empacotada em melanosomas e transferidas aos ceratinócitos. Uma enzima contendo cobre, a tirosinase, catalisa a produção de melanina a partir da tirosina, um aminoácido. Inativar a tirosinase ou interferir na sua função é a melhor forma para impedir a produção do pigmento.

A atividade da tirosinase pode ser bloqueada por fornecer outro compost no lugar da tirosina (um substrato falso), em essência corrompendo a produção de melanina. A tirosinase ativa e completamente funcional deve estar glicosilada. A tirosinase também é dependente de cobre. Se este for quelado, ocorre privação para a enzima e não há formação de melanina. Pode-se bloquear também o receptor para tirosinase.

Finalmente, qualquer coisa que aumente a atividade de tirosinase deve ser evitada. Exposição a radiação solar estimula a enzima e aumenta o número de melanócitos, tornando a pele mais escura. Assim, um filtro solar de fator 15-30 é muito importante.

Audrey Kunin, M.D.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A segunda lei da termodinâmica versa sobre a ENTROPIA.
É uma LEI, portanto, não há escapatória.

Parece-me que estamos de certa forma fadados a dissipação de energia, e devemos aproveitar isto nos processos e não ir de encontro a uma LEI que não poderemos mesmo derrotar.

Assim, se não consegue derrotá-la, junte-se a ela.

Na definição do currículo, ou melhor, do conteúdo que a disciplina deve trabalhar, ter a opinião de um grupo diverso, e sem uma combinação prévia, pode conferir um grau de ENTROPIA a disciplina. Acho que isso pode ser muito útil. Essa experiência última, dos blogs, tem sido muito interessante.

Agradeço aos colegas dos cursos de BIOMEDICINA, ENFERMAGEM e FISIOTERAPIA por participarem deste PROCESSO ENTRÓPICO.

LAPAROSCOPIA

http://loucuraspatologicas.blogspot.com/2009/09/cirurgia-laparoscopica.html