domingo, 13 de setembro de 2009

Nossa microbiota é um ÓRGÃO A MAIS QUE POSSUIMOS

Eu fiz a minha iniciação científica na UFPI orientado pelo prof. Dr. Luiz de Macedo Farias. Depois fui para a UFMG e dei continuidade a minha formação de pesquisador, também sob orientação do prof. Macedo.

Talvez por isso tenha uma visão ecológica do mundo e do corpo humano. E também porque convivi por 15 anos com uma bióloga, minha primeira esposa - Francisca Lúcia de Lima. Na verdade, quem me introduziu no mundo das ciências em nível de pesquisa.

Então, fiquei muito feliz ao ler no site da Revista Pesquisa Médica o seguinte trecho elucidador.

"A ciência está demonstrando que não é mais possível ignorar a contribuição dos microrganismos que nos colonizam, particularmente das bactérias, para a saúde humana. Nossa dependência deles é mais profunda do que se imaginava e, com o auxílio de ferramentas de exploração genética, começa agora a ser mais bem compreendida. Da investigação sobre a interação entre nosso genoma e o dessa imensa e diversa população de bactérias podem sair respostas para antigos mistérios. Para se ter ideia do potencial desse novo flanco de pesquisas, basta dizer que para cada célula humana há dez bactérias. Tal população pode ser agrupada em até mil espécies, somando um número total de genes cem vezes maior que o do genoma humano. Se fosse colocada no prato de uma balança, essa microbiota pesaria cerca de 1,5 kg. Sua atividade metabólica é comparável à do fígado, o maior e mais ativo órgão no corpo humano. "É um órgão a mais que temos, só que disperso nas nossas superfícies", diz o microbiologista Jacques Robert Nicoli, especialista em ecologia microbiana das superfícies e mucosas do hospedeiro humano e animal e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)."

O prof. Dr. Jacques R. Nicoli foi um de meus professores durante o mestrado e é uma forte influência no pensamento de todos os que cursam pós-gradução no Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.

Gostaria ainda de ressaltar o papel intelectual da profa. Dra. Maria Auxiliadora Roque de Carvalho.


O link para a matéria é o seguinte:
http://www.revistapesquisamedica.com.br/PORTAL/textos.asp?codigo=11635

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