olá professor Flávio, o acúmulo de colesterol, em macrófagos e células musculares lisas (células espumosas) nas lesões de aterosclerose pode ser chamado de lipoidose?
As calcificações da lesão são distróficas ou metastáticas? Hipercalcemia pode levar ao problema?
Segundo Faria, J.L. Patologia Geral - fundamentos das doenças, com aplicações clínicas. 4ª ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008.
A divisão de lípides em gorduras neutras e lipóides não é mais utilizada na bioquímica, mas deixou marcas na PATOLOGIA. Daí esteatose ou lipoidose é o acúmulo de lípides em células, tecidos ou órgãos. Para as gorduras neutras, usa-se esteatose de gorduras neutras, simplementes esteatose ou raramente lipose; e, para os lipóides, esteatose lipóidica ou lipoidose.
Na aterosclerose, o autor relata que dentre as alterações macroscópicas pode ser verificar lesões na íntima do vaso na forma de MANCHAS, PLACAS E ATEROMAS, que frequentemente, coexistem na mesma artéria. Todas essas lesões têm a cor amarela e distinguem-se entre si principalmente pela projeção que fazem na luz: as manchas, pouco ou nada salientes, chamam-se lipoidose; as placas de aterosclerose são pouco salientes, maiores e endurecidas; e os ateromas são as lesões mais projetantes na luz de modo a lembrar pequenos tumores.
O monócito tem papel fundamental no início e progressão da aterosclerose; o começo é chamado de lipoidose da camada íntima da artéria. Essa lesão é um depósito de colesterol e, por isso, amarela como ele.
A calcificação distrófica ocorre em elementos mortos ou degenerados, como áreas de necrose de várias etiologias principalmente a tuberculosa, e substâncias hialinas (parede de artérias na arteriosclerose, trombos e cicatrizes).
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